Seguir a carreira dos pais ou não: o que levar em conta?

Há algumas décadas era comum ver gerações e gerações da mesma família ser composta por médicos. Outra opção era ver famílias inteiras de advogados ou engenheiros. Hoje, com a enorme quantidade de profissões existentes e a abertura cada vez maior para o diálogo dentro de casa essa situação está mudando. Mas a dúvida persiste: realmente vale a pena seguir a carreira dos pais?

A dúvida normalmente pende entre as vantagens de ter um espelho na profissão e o desejo de seguir um caminho novo. Nesta briga, muitas vezes as vantagens (que vão desde abrir portas no mercado de trabalho, o benefício de já ter um sobrenome de peso na área ou até um colega para debater sobre a sua paixão dentro de casa) se associam a um pouco de “incentivo” e o passaporte para a universidade é sacramentado: mais um médico ou engenheiro na família.

Mas, para especialistas em orientação profissional, essa decisão deve ser tomada de acordo com as vontades e habilidades do jovem, com o que ele considera como pontos importantes em uma profissão e quais as perspectivas de felicidade que ele percebe para aquela área.

O que acontece muitas vezes, é que os filhos veem o pai e a mãe trabalhando e começam a ganhar gosto pela profissão. Ou se incentivam os filhos a seguir a carreira dos pais como uma forma de proteção e de segurança ao passar para os herdeiros um negócio levantado com suor e dedicação

A decisão por seguir a carreira dos pais deve ser feita da mesma maneira de que se não houvesse uma inclinação para uma profissão na família: por meio de muita pesquisa e avaliação se as atividades e requisitos do ofício encaixam na sua personalidade e nas suas vontades.

Para isso, é necessário um processo de autoconhecimento que pode ser feito sozinho ou com auxílio de uma orientação profissional. E neste momento a conversa com os pais é essencial, mas ela deve ter um caráter mais de esclarecimento e apoio e do que de imposição de vontades.

Se ao fim de toda a sua avaliação, você decidir optar por seguir a carreira dos pais, vá fundo! Evitar uma profissão que se tem paixão só porque seus pais já fizeram carreira nela é igualmente prejudicial para a sua satisfação profissional.

Já se você decidir por trilhar seu próprio caminho no mercado de trabalho lembre-se de conversar com seus pais e expor o porquê de você ter preferido outro ofício e o que fez você escolher por ele.

De qualquer maneira, tenha sempre em mente que a decisão é sua e quem terá que trabalhar todos os dias com aquela profissão é você.

 

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